Foto: Jorge Jesus/bahia.ba
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou sobre o atual cenário da segurança pública no estado, nesta quinta-feira (24). Ele reconheceu que o Estado precisa ter “braço forte” para combater ao crime organizado e prometeu estabelecer diálogo com os prefeitos da base e da oposição em busca de soluções. Em entrevista ao programa Balanço Geral, da Record TV, Rodrigues garantiu que o estado não vai “abrir mão” de adotar um papel de firmeza na linha de frente do combate a criminalidade.
Ao falar sobre a aliança com prefeitos, Jerônimo citou como exemplo a conversa recente com o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), de quem é adversário. “Eu saí de uma eleição em Feira de Santana, cujo prefeito atual tinha um outro candidato. Eu tinha um outro candidato em Feira de Santana, mas acabou a eleição, meu candidato perdeu, mas na semana seguinte o prefeito de Feira me ligou dizendo “governador, preciso apresentar ao senhor uma demanda, uma proposta para a gente cuidar da segurança pública”. Eu não me hesitei, sentei com ele, ouvi as demandas, respondi. Vou fazer aquilo que a gente está planejando, que é um Plano Municipal de Segurança Pública em Feira de Santana. Quero fazer isso em toda a Bahia, ajudando nossos prefeitos”, afirmou Jerônimo.
O governador afirmou que pretende se alinhar com os demais gestores para traçar estratégias para cada cidade. “Eu já desci do palanque. Eu não estou mais no palanque, as eleições passaram. Por isso eu gostaria que isso acontecesse em Salvador, Conquista, para a gente poder fazer uma articulação, uma integração”, disse o governador ao Balanço Geral.
Questionado sobre as ações de segurança que estão sendo executadas, Jerônimo citou as recentes operações, como a Hórus, e a recente ação dentro do Presídio de Feira de Santana. “O estado não vai abrir mão no seu lugar da firmeza e da necessidade. Eu confio muito na nossa Polícia Militar e Polícia Civil, nos Bombeiros, no Policial Penal. Nós estamos agora com essa operação aqui, a Horos, na capital, mas também nós estamos, desde segunda-feira, numa operação lá do Presídio de Frente de Santana. E para acontecer aquela operação dentro do presídio, nós também nos preparamos para fazer”, pontuou o governador.
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Sobre o posicionamento incisivo do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, com relação a segurança pública, o governador ainda rebateu as críticas. “Eu não fico relutante quando eu falo de compras de armas. Eu preferia esse dinheiro de arma para comprar violão para as escolas, construir mais escolas, mais hospitais, mas eu preciso me adiantar e garantir que a polícia também esteja preparada para se antecipar ao crime organizado. Só que tem gente que parece que é porta-voz desse crime. Fica todo o tempo animando, alimentando com as informações. Eu sei da realidade. Eu sei que o Estado precisa ter braço forte”, reforçou.