Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, defendeu a segurança da urna eletrônica no Brasil. Em tom de ironia, o ministro deu uma alfinetada no ex-presidente, Jair Bolsonaro, e disse que o sistema eletrônico de votação brasileiro, reiteradamente questionado e invalidado pelo próprio Bolsonaro e seus aliados, é “infraudável” e “inhackeável”.
O jogo de palavras faz referências a termos como “imorrível”, “imbrochável” e “incomível”, criados pelo ex-presidente para se autodenominar, e que formam a “medalha dos is”, entregue por ele a aliados e admiradores, como o presidente da Argentina, Javier Milei.
“Aquele sistema jamais entra online. É inserido, em cada uma das 500 mil urnas eletrônicas, um pen drive. Portanto, é um sistema inhackável. Ele é infraudável e inhackeável, para a gente usar os ‘is’ em um bom sentido, finalmente”, declarou, rindo, sem citar nomes.
O ministro já comandou a Justiça Eleitoral em 2021, quando Bolsonaro passou a fazer reiterados ataques, sem comprovações, às urnas eletrônicas. Na época, os dois trocaram farpas publicamente.
“É uma coisa extraordinária. Nenhum país do mundo tem 150 milhões de eleitores e divulga o resultado [das eleições] duas horas depois. Só o Brasil, sem nenhum risco de fraude, salvo a fraude de dizer que é fraude”, ressaltou.