Foto: Manu Dias / Secom GOV
As exportações baianas, no primeiro semestre de 2024, se mantiveram estáveis com relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 5,162 bilhões, com leve crescimento de 0,1%. Em 2023, as exportações no estado alcançaram US$ 5,159 bilhões. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O volume embarcado no semestre foi 10,7% inferior no comparativo interanual, mas foi compensado pela valorização dos preços dos produtos exportados, que subiram em média 12,7%. No semestre, o principal destaque das exportações foi valorização de produtos da indústria extrativa em 73,5% (minérios e metais preciosos), da indústria de transformação (10,3%) e dos agropecuários (6,1%), compensando boa parte da queda registrada no volume exportado, principalmente dos produtos industriais (-16,7%).
A soja e seus derivados, manteve a liderança nas exportações baianas com 36,8% dos embarques, o equivalente a US$ 1,13 bilhão (22% do total exportado pelo estado no semestre), mas recuou em comparação ao primeiro semestre de 2023 em 11,4%, como consequência da redução dos preços em média em 16,3%. As cotações do grão entraram em rota descendente desde meados do ano passado, uma tendência que se manteve nos seis primeiros meses de 2024, reflexo das boas perspectivas para a safra 2024/25 nos Estados Unidos.
As exportações baianas para a China, principal destino dos produtos baianos, com 26,2% de participação, cresceram 14,2% no semestre, em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas totais para a Ásia também subiram (6,6%), em ritmo menor, devido à redução dos embarques de derivados de petróleo. Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte cresceram 2,5%, enquanto para a América do Sul e Mercosul caíram 21,7% e 28,7%, respectivamente. Para a União Europeia foi registrado recuo de 2,7%.
IMPORTAÇÕES
As importações do estado no semestre alcançaram US$ 5,55 bilhões, 17,1 % acima de igual período do ano passado. O crescimento da importação foi puxado por combustíveis e bens de consumo. Em volume, a entrada de bens aumentou 30,8% na mesma base de comparação. Em junho, pelo quinto mês consecutivo, as importações registraram crescimento, desta vez de 29,1%, atingindo US$ 819,3 milhões.
Ao contrário do que foi registrado nas exportações, os preços dos produtos importados caíram em média 10,4% no semestre, enquanto o volume de compras aumentou 30,8%. Com os resultados do primeiro semestre, o saldo comercial do estado no período chegou a um déficit de US$ 386,8 milhões, contra um superávit de 419,5 milhões no mesmo período do ano passado. Já a corrente de comércio atingiu US$ 10,7 bilhões, também com incremento de 8,2% no comparativo interanual.