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Trump estreia no TikTok, que tentou banir quando era presidente dos EUA







Foto: Reprodução / Redes Sociais


O pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump é o novo usuário do TikTok, plataforma de vídeos chinesa que tentou banir quando estava na Casa Branca, entre 2017 e 2021.


O primeiro vídeo publicado em seu perfil, o @realdonaldtrump, mostra o republicano sendo ovacionado por apoiadores ao entrar no Prudential Center, um ginásio em Newark, Nova Jersey, no qual acontecia uma luta do UFC (Ultimate Fighting Championship).


"O presidente está no TikTok agora", diz Dana White, presidente do UFC, antes de acompanhar Trump enquanto o republicano cumprimentava a plateia. O vídeo foi publicado na noite de sábado (1º) em Nova Jersey, início da madrugada deste domingo (2) no Brasil.


Um conselheiro da campanha de Trump afirmou em condição de anonimato ao Politico que esta é apenas mais uma maneira de chegar a um público mais jovem, principal usuário da plataforma. O jornal americano foi o primeiro a noticiar a estreia do republicano no TikTok.


Na manhã deste domingo, a conta tinha mais de 720 mil seguidores, e o vídeo, 6,1 milhões de visualizações.


A desconfiança em relação ao aplicativo é algo que une os prováveis rivais nas eleições de novembro. Em abril, o atual presidente americano, o democrata Joe Biden, sancionou um projeto de lei que proíbe o TikTok nos Estados Unidos se a ByteDance, empresa dona do aplicativo, não se desfizer dele em nove meses.


A justificativa dada por defensores do projeto é que a relação da China com a ByteDance pode trazer riscos à segurança nacional dos EUA, uma vez que a companhia seria obrigada a compartilhar dados com autoridades chinesas. O TikTok argumenta que não compartilhará dados de americanos com o regime e que tomou medidas substanciais para proteger a privacidade de seus usuários.


Como resposta, a empresa está desafiando o texto nos tribunais. "Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum", disse, na ocasião, o presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, em um vídeo. "Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente."


Apesar do confronto, a campanha de Biden planeja continuar usando a rede social para divulgar conteúdo. A decisão ocorreu em um momento em que muitos eleitores jovens e de esquerda, uma parte significativa da base de usuários do aplicativo, estavam insatisfeitos com a forma como o democrata lidou com a guerra na Faixa de Gaza.


Em 2020, a ByteDance processou o governo quando Trump, então presidente, emitiu um decreto para bloquear o aplicativo e deu à empresa 90 dias para se desfazer de seus ativos americanos e de quaisquer dados que o TikTok havia coletado nos EUA.


O republicano ainda parece ser um crítico da rede social apesar de ter se juntado a ela. Em março, ele afirmou que a plataforma representava uma ameaça à segurança nacional, mas também que um banimento prejudicaria alguns jovens e apenas fortaleceria o Facebook da Meta, do qual ele também é crítico.


A aparição de Trump no UFC acontece dois dias depois de o republicano se tornar o primeiro ex-presidente na história dos EUA considerado culpado pela Justiça em uma ação criminal.


Na última quinta-feira (30), um júri em Nova York avaliou que o empresário é culpado por encobrir pagamentos à atriz pornô Stormy Daniels e, assim, evitar que ela divulgasse supostamente ter mantido relações sexuais com Trump às vésperas da eleição de 2016.


Em uma entrevista publicada pelo jornal britânico Daily Mirror neste sábado, a atriz pediu que o ex-presidente seja preso. "Acho que ele deveria ser sentenciado à prisão e a algum serviço comunitário trabalhando para os menos favorecidos, ou sendo um saco de pancadas voluntário em um abrigo para mulheres", disse ela.


Daniels, 45, afirma ter recebido um pagamento de US$ 130 mil para evitar um escândalo sexual no final da campanha de 2016, que levou Trump à Casa Branca. "Estar diante do tribunal foi muito intimidante para mim, com os membros do júri me olhando", contou ela. "Como sempre falei, disse a verdade o tempo todo".


O ex-presidente pode ser condenado a quatro anos de prisão por cada acusação, mas é mais provável que seja condenado à liberdade condicional, já que não tem antecedentes.

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