O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou na quarta-feira (28) conceder uma liminar para revogar a prisão preventiva do bicheiro Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, um dos chefes da cúpula da contravenção carioca e acusado de ter sido um torturador na ditadura. Ele está em prisão domiciliar. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Toffoli manteve, assim, o uso de tornozeleira eletrônica por Guimarães, que sua defesa havia tentado derrubar por meio do pedido de revogação da prisão. O ministro considerou que não poderia analisar a solicitação da liminar sem antes ouvir a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, responsável pela ordem contra Capitão Guimarães.
“Não há como aferir a plausibilidade do direito alegado antes de ouvir o juízo reclamado”, decidiu o ministro.
O bicheiro está em prisão domiciliar desde dezembro de 2022. Naquele mês, ele foi preso da Operação Sicários, que apura se Guimarães foi o mandante do assassinato de um pastor em São Gonçalo, em julho de 2020.
Detido pela Polícia Federal, Capitão Guimarães conseguiu dois dias depois, junto à Justiça do Rio, o direito de ir para prisão domiciliar. Aos 82 anos, ele é réu em uma ação penal aberta a partir das apurações da Sicários.