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Pantanal tem rios com nível abaixo da média mesmo após chuvas




Os rios da bacia do Alto Paraguai, responsáveis pelas cheias características do pantanal, permanecem com nível abaixo da média para o período mesmo após as chuvas chegarem à região.



Boletim do Serviço Hidrológico do Brasil (SHB) divulgado na quinta-feira (15) afirma que há previsão de mais chuva para as próximas quatro semanas. A expectativa é de um pico de precipitação na quarta-feira (21), quando espera-se uma elevação mais significativa dos rios.


"Essas chuvas deverão causar aumentos graduais nos níveis dos rios em Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho. Há uma pequena possibilidade de que os rios Alto Paraguai e Cuiabá experimentem elevações mais expressivas devido a chuvas mais intensas que podem ocorrer, mas o mais provável é que ocorram subidas moderadas nesses rios após o período de chuvas concentradas próximo ao dia 21/02", afirma o boletim.


O pantanal recebe a água das chuvas das regiões de planalto, da bacia do Alto Paraguai. No calendário natural, o ciclo começa em outubro, com picos em dezembro e janeiro, se estendendo até março, no máximo. Nas enchentes, as águas transbordam das calhas dos rios, conectam lagoas e formam amplas e contínuas áreas alagadas.


Contudo, desde novembro até o início deste mês, a região sofreu com incêndios. O baixo volume das águas amplia a área disponível para ação do fogo.


Na última semana, de acordo com os dados do SHB, a bacia do rio Paraguai registrou um volume acumulado de chuvas de cerca de 33 milímetros. Apesar disso, o nível das águas permanece baixo.


Em Barra do Bugres (MT), o nível do rio reduziu nos últimos dias e alcançou a marca de 95 centímetros, enquanto a média histórica para a data é de 3,69 metros, segundo o boletim.


Na estação de Cáceres (MT), houve elevação devido às chuvas, e o nível observado nesta quinta foi de 2,14 metros, quase metade do esperado (4,32 metros). Em Cuiabá (MT), o rio desceu 28 cm nos últimos dias e está na marca de 1,58 m. A média histórica é de 3,94 m.


O boletim descreve cenário semelhante nas estações de Mato Grosso do Sul. Em Ladário (MS), a última cota observada foi de 70 centímetros, onde a média é de 2 m. Em Miranda (MS), o rio apresentou elevação de 36 cm na última semana, mas a cota observada (1,99 m) está abaixo da média (4,63 m)

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