A Justiça proibiu que a empresa Igoo Networks, dona de pelo menos oito sites que vendem seguidores e curtidas, promova a comercialização de engajamento artificial no Instagram.
A decisão desta terça-feira (23), da 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de São Paulo, atende a um pedido da Meta, dona do Instagram, do Facebook e do WhatsApp, contra a empresa. Ainda cabe recurso à tutela de emergência, que é um tipo de decisão antecipada.
O advogado Emerson Tadeu Kuhn Grigollette Junior, que representa a Igoo, foi procurado por email, por telefone e por WhatsApp na quarta (24), mas ainda não respondeu.
Grigollete é conhecido no meio jurídico por sua atuação junto ao Movimento de Advogados de Direita. Com outros conservadores, enviou denúncia à Corte Interamericana de Direitos Humanos contra o inquérito das fake news. Ele é coautor do livro "Suprema Desodem - Juristocracia e Estado de Exceção no Brasil".
Usuários da rede social de vídeos e fotos compram seguidores e curtidas para melhorar seus posicionamentos na rede. Quanto mais gente segue um perfil e curte seus conteúdos, mais a ferramenta vê esse usuário como relevante, aumentando as chances de ele ser apresentado a novos seguidores em potencial.
Por isso esse tipo de prática é vista como um engajamento falso ou artificial. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo de maio mostrou como atuam empresas especializadas nesses serviços, conhecidas como fazendas de cliques.